Vice-presidente do sindicato que congrega os servidores públicos municipais em Santarém, Jean Corrêa, 32 anos, tem em mãos um documento precioso: o relatório com número de vagas não preenchidas por aprovados no concurso público de 2008 da prefeitura.
Essas vagas podem ser preenchidas por quem está no cadastro de reserva. Mas para isso, o candidato terá que acionar a Justiça.
É que o prefeito Alexandre Von (PSDB) dará posse a concursados só medidante decisão judicial.
Para o cargo de agente de segurança patrimonial (vigia), na área urbana, por exemplo, há 22 vagas disponíveis. Para agente administrativo (nível médio), existem 66 vagas abertas. Para enfermeiro (a), são 20 as vagas disponíveis para área urbana e uma vaga para zona rural.
Na área do magistério, existem cerca de 80 vagas abertas.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Contados 48 mortos nas inundações na Argentina
À medida que as águas foram baixando ao longo das últimas horas, os cadáveres foram sendo descobertos. Em La Plata, cidade a 60 quilómetros de Buenos Aires, que ficou alagada com água que subiu até aos dois metros, morreram 48 pessoas, vitimas das piores cheias de que há memória na Argentina. Na capital, Buenos Aires, morreram outras oito pessoas.
Foram precisas poucas horas de chuvas torrenciais – na noite de terça para quarta-feira – para provocar uma tragédia. Ninguém estava preparado para uma subida tão rápida das águas no estuário onde desemboca o rio da Prata. As pessoas "tentaram subir para os telhados e para as árvores, mas muitas não conseguiram", disse à AFP o governador provincial, Daniel Scioli.
"Nunca vimos nada assim", disse Scioli. "As pessoas foram apanhadas de surpresa e algumas não tiverem tempo de escapar a esta armadilha mortal."
Os corpos foram aparecendo e fizeram engordar um balanço que ainda não é definitivo. Metade da cidade de La Plata, onde vivem 900 mil pessoas, foi inundada e privada de electricidade. Mais de 2500 pessoas tiveram de abandonar as suas casas invadidas pela água e formam transferidas para duas dezenas de centros de acolhimento temporários.
Segundo os serviços de meteorologia, caíram 40cm de água em apenas duas horas, um recorde para La Plata. A água acumulou-se nas zonas mais baixas da cidade situada na margem sul do vasto estuário do rio da Prata. "Vivo aqui há 40 anos e esta é a primeira vez que vejo isto", desabafou Maximiliano Miceli, que ficou com a casa e o carro debaixo de água.
"O que se passou em La Plata é inédito. Ainda há pessoas nos telhados e nas árvores à espera de serem resgatadas", disse o vice-ministro da Segurança, Sergio Berni.
Em Buenos Aires, onde 350 mil pessoas foram afectadas pelas inundações, a situação já estava esta quinta-feira praticamente normalizada, mas nos bairros mais pobres ainda havia muito trabalho de limpeza e reconstrução a fazer.
O presidente da Câmara de Buenos Aires, Mauricio Macri, avisou a população para a repetição de inundações. "Estas chuvas violentas que se repetem devem-se ao aquecimento global", explicou
Se em La Plata as inundações provocadas pela chuva não são muito frequentes, elas são mais habituais em Buenos Aires e nos seus arredores, onde a urbanização ao longo do rio da Prata foi feita, em grande parte, em terrenos inundáveis e onde, em diversas zonas, a circulação se faz de barco ao longo de canais.
Para o arquitecto Roberto Livingston, as inundações de Buenos Aires e La Plata têm origens semelhantes que pouco têm a ver com o aquecimento global: as cidades foram construídas de maneira "irresponsável", sem ter em conta a hidrografia da zona.
"O homem constrói e pensa que consegue dominar a natureza", disse Livingston à AFP. "As pessoas vivem em cima de cursos de água sem o saberem. Não há parques suficientes para absorver a água e o sistema de evacuação das águas da chuva não está em bom estado."
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