quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Adversário de Chávez deseja sucesso em nova cirurgia
O candidato à presidência da Venezuela Henrique Capriles Radonski desejou sucesso e pronta recuperação ao atual presidente, Hugo Chávez, que passará por uma cirurgia nos próximos dias. Na terça-feira, o líder venezuelano afirmou que fará uma nova operação após os médicos que o tratam em Cuba terem detectado uma “lesão” no mesmo local onde um tumor maligno foi extraído no ano passado.
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Capriles desejou sucesso a Chávez por meio de seu Twitter. “Ao meu adversário, como filho de Deus que sou, desejo uma operação bem-sucedida, uma pronta recuperação e uma vida longa”, escreveu o candidato da oposição.
O anúncio de Chávez foi feito após intensos rumores sobre sua saúde, que começaram após viajar para Cuba no fim de semana. No ano passado, o líder venezuelano passou em Havana por tratamento de um tipo de câncer não revelado.
Em discurso em Barina, seu Estado natal, transmitido pela TV, Chávez desmentiu se tratar de uma metástase. "É uma pequena lesão, de cerca de dois centímetros de diâmetro, claramente visível. Isso nos obriga a fazer outra intervenção cirúrgica", afirmou. "Não temos certeza, ninguém pode dizer que essa nova lesão seja maligna, no entanto há probabilidades altas, porque está no mesmo lugar onde estava o outro, por isso é preciso extraí-lo", acrescentou.
A doença de Chávez acontece a poucos meses das eleições presidenciais, marcadas para 7 de outubro e nas quais é esperado que o líder consiga se reeleger. Chávez está no poder há 13 anos.
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Capriles, 39 anos, é governador de Miranda (o segundo Estado mais populoso do país) desde 2008. No dia 13, venceu as primárias da oposição e foi escolhido como rival de Chávez.
De tom menos combativo que o presidente venezuelano, Capriles é visto por seus amigos e colegas de trabalho como conciliador. A rivalidade com Chávez, porém, não é de hoje, e Capriles já esteve na mira do governo antes.
Na época em que era prefeito do distrito de Baruta, onde fica Caracas, ele foi preso pelas forças de segurança chavistas por quatro meses, depois de ser acusado de instigar tumultos contra a embaixada de Cuba durante a tentativa de golpe frustrada contra Chávez, em 2002. O opositor nega as acusações, e grupos internacionais de direitos humanos o rotularam como prisioneiro político.
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