terça-feira, 5 de junho de 2012

Mulher suspeita de matar e esquartejar empresário vai passar a noite em presídio




A mulher do empresário Marcos Kitano Matsunaga, suspeita de matá-lo e esquartejado, era transferida do 97º DP, na zona sul de São Paulo, para uma penitenciária na região metropolitana, na noite desta terça-feira (5).

Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, vai passar a noite em um presídio feminino de Itapevi, na Grande São Paulo. Ela teve a prisão temporária decretada, com duração de cinco dias, na última segunda-feira (5). Após esse prazo, a polícia pode solicitar à Justiça a prisão preventiva da suspeita.

Dentro de prédio

A Polícia de São Paulo disse acreditar que o empresário foi assassinado dentro do prédio em que morava com a família, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. De acordo com o delegado Mauro Dias, que investiga o caso, o bilionário entrou no edifício, acompanhado da mulher, a filha e a babá, e não foi mais visto saindo do prédio.

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A família chegou ao edifício por volta das 18h30, no último dia 19, e foi direto para a cobertura. O empresário chegou a descer até a portaria novamente uma pizza e voltou para o apartamento. No dia seguinte, a mulher do bilionário foi flagrada pelas câmeras de segurança saindo de carro com três malas. Ela volta quase 12 horas depois, sem a bagagem.

De acordo com o delegado Mauro Dias, a mulher afirmou que iria viajar, mas acabou desistindo. Ela alegou que as malas foram deixadas dentro do carro e disse não saber por que elas não foram mais encontradas pela polícia no veículo.

Ainda de acordo com o investigador do caso, as partes do corpo do empresário estavam embaladas em um saco plástico, com uma fita vermelha, o mesmo modelo encontrado dentro do apartamento do casal. Este é outro indício que sustenta a suposição da polícia de que o crime aconteceu dentro do prédio onde o bilionário morava.

Apesar de a polícia considerar a mulher como a principal suspeita, não descarta a hipótese de que outra pessoa a tenha ajudado a tentar esconder o cadáver.

O bilionário possuía uma coleção de armas dentro de casa e fazia aulas de tiros com a esposa. O delegado geral do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco, relatou que ela era uma “exímia atiradora”.

Horas antes de ser presa, nesta segunda-feira (5), Dias afirmou que a Elise teria doado três armas à Campanha do Desarmamento. Uma delas era a pistola 765, o mesmo modelo de onde partiu o tiro que acertou o empresário na cabeça e causou a morte dele.

A polícia também disse acreditar que Elise também seja a principal suspeita de atirar contra o marido, porque ela é destra e o disparo atingiu o lado esquerdo do crânio do bilionário. A mulher de Matsunaga teve a prisão temporária decretada pela Justiça, que tem duração de cinco dias. De acordo com Carrasco, há indícios suficientes para solicitar a prisão preventiva.

— Ainda precisamos concluir as investigações. Mas se o prazo da temporária terminasse hoje, teríamos indícios suficientes para solicitar a prisão preventiva da mulher à Justiça.

Elise ainda não havia prestado depoimento até por volta das 17h30 desta terça-feira (5). Dias relatou que ela demonstrava uma “calma até fora do normal”. Foi o irmão da vítima e não ela que registrou boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do bilionário.

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