Os autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e simpatizantes da causa participaram na noite desta segunda-feira (4) de um ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
A advogada Janaína Pascoal, o promotor aposentado Hélio Bicudo e o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior voltaram a defender a saída da petista do cargo e acusaram o atual governo de comprar votos no Congresso Nacional.
“Queremos servir à uma cobra ou ao dinheiro? O Brasil não é a 'República da Cobra'! Nós somos muitos Hélios, Janaínas, Celsos. Eles derrubam um, levantam-se dez. Não vamos deixar essa cobra continuar dominando”, afirmou Janaína, em discurso bastante inflamado.
A referencia ao réptil não foi ao acaso. No dia 4 de março, quando foi levado a depor coercitivamente pela Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso, que “se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo”.
“Nós não vamos abaixar a cabeça para essa gente que se acostumou com o discurso único. Acabou a ‘República da Cobra’!”, completou a jurista, que foi bastante elogiada na semana passada por sua explicação a respeito da peça que pede o impeachment de Dilma.
Segundo os organizadores, o ato pró-impedimento da petista reuniu 3 mil pessoas. “Os deputados precisam escolher entre o bolso e a honra”, afirmou Reale Jr., enquanto Bicudo afirmou que “nunca viu tantos desmandos no Brasil”.
“Nenhum deputado ou senador tem o direito de ir contra o desejo popular, não tem o direito de manter Dilma e o PT no poder”, emendou o ex-filiado ao partido.
(Com Estadão Conteúdo)
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