sexta-feira, 8 de abril de 2016
Manifestações refletem crise mundial e contrariam mito "povão x coxinhas" Leia mais em: http://zip.net/bys7G4
Manifestações contra e a favor do governo lotaram a avenida Paulista nos dias 13 e 18 de março
Em um dos momentos de maior polarização da história democrática recente do Brasil, manifestações pró e contra o impeachment têm acontecido semanalmente. Os discursos variam, mas existe uma interpretação comum: do lado do governo, o povo e as camadas mais populares; do lado a favor da saída da presidente Dilma Rousseff, a elite. Pelo menos em São Paulo, isso parece ser apenas um mito.
Em conjunto com os professores Marcio Moretto Ribeiro e Pablo Ortellado, ambos da USP (Universidade de São Paulo), a socióloga espanhola e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Esther Solano vem estudando as manifestações políticas que eclodiram no país – especificamente em São Paulo – desde 2013. Na pesquisa, eles concluem que os atos refletem uma crise de representatividade que é mundial e acabam com a ideia de que há uma divisão entre "povão" e "coxinhas".
"A pesquisa acaba por desconstruir essa crença comum, de que são os 'coxinhas' a favor do impeachment, e o povo contra. A grande maioria das pessoas na manifestação de apoio ao governo continua sendo de classe média, com ensino superior completo. O perfil de renda e escolaridade é bem parecido", explica ela, que considera o momento político brasileiro não só um questão nacional, mas retrato de uma crise de representante comum a vários países.
Sobre o perfil dos manifestantes, os números corroboram sua tese – no ato contra o impeachment do último dia 31 de março, segundo a pesquisa dos professores, 58,1% dos manifestantes tinham curso superior completo, 60,20% eram brancos e 53,3% tinham renda mensal superior a R$ 4.400. A margem de erro é de 4,3%.
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